O convite à oração contínua foi herança deixada pelo próprio Senhor Jesus a todos os seus discípulos, conforme lemos no Evangelho: “Contou-lhes uma parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer” (Lc. 18,1). O dia da monja é permeado por momentos de oração litúrgica, que ocupa parte central no dia da comunidade monástica. Diz São Bento: “Nada se anteponha ao Ofício Divino” (RB 43,3). Na oração litúrgica unindo-se ao Senhor Jesus e, no Espírito Santo, as monjas louvam ao Pai antecipando neste mundo o louvor eterno.
A oração da monja, porém, não se limita à oração litúrgica. As monjas acolheram de modo particular este apelo do Senhor e compreenderam que embora a oração incessante não seja o fim último da sua vocação, é talvez dos meios, o mais importante. Alcançar, portanto, esta oração incessante é sem dúvida o desejo das monjas de ontem e de hoje. Da sua Lectio Divina, leitura orante da Palavra de Deus feita no Espírito Santo, os pais do monaquismo retiravam diariamente a palavra que seria o alimento da sua oração incessante e, ao mesmo tempo, a arma eficaz no combate contra o pecado. Portanto, a oração pessoal da monja surge no encontro amoroso com a Palavra de Deus, – seja na Liturgia ou na Lectio Divina -, dela se alimenta e torna-se incessante, tendo como finalidade realizar na vida cotidiana e concreta da monja, esta mesma Palavra.